Por Cristiana Brito *
Vamos aqui através de uma leitura simples com palavras do cotidiano mostrar, o papel dos gestores nos Controles Internos como forma de garantia da continuidade de um Programa de Compliance ou Programa de Integridade. O que seria, então, dentro das empresas os Controles Internos? É todo o planejamento, métodos, procedimentos e políticas adotados dentro de uma empresa com a finalidade de salvaguardar o patrimônio dessa empresa. Para isso utiliza-se de dados contábeis (balancetes, balanços, DRE´s, etc), controles de estoques (inventários, relatórios de entradas e saídas e produtos, curva ABC, etc), controles financeiros (fluxo de caixa, conciliação bancária, etc) e todos os controles necessários objetivando evitar fraudes, erros, ineficiências e crises na empresa garantindo a continuidade do Programa de Integridade.
Então, de posse de todos esses Controles Internos, os gestores devem estar atentos nas empresas às verificações que podem ser diárias, mensais ou periódicas, de acordo com o tipo de empresa, seu faturamento e as estratégias de negócios estabelecidas pela diretoria, acionistas e alta gestão. Recomenda-se que esses controles sejam feitos através de um Sistema Informacional Integrado, aonde os registros feitos, por exemplo, no almoxarifado da empresa sejam também registrados na contabilidade.
Mas cada empresa dentro da sua realidade – que nesse ponto deve-se considerar a movimentação da empresa e seu faturamento – dessa forma esses controles podem ser feitos em planilha, o importante é ter tudo registrado.
Bastante usual nas empresas é a não separação do que da empresa (Pessoa Jurídica) e o que é do Sócio ou acionista (Pessoa Fisica). Então os donos ou líderes da alta gestão, sócios, etc, devem ter muito claro essa segregação e contar com o contador que tem bastante claro os princípios e convenções contábeis e a forma de deixar registrado de forma clara, transparente e correta o que for da empresa e ou que for dos sócios. Portanto amigos, meu conselho é: cada macaco no seu galho ou melhor, na sua conta contábil.
Outra coisa muito importante para que seu Programa de Integridade tenha uma boa performance é a participação e apoio da alta gestão. Lá no Pilar Fundamental do Compliance – Suporte da Alta Administração ou “Tone at the Top”, que numa tradução simples, seria que os líderes ou gestores dão o tom à empresa. Eu diria não somente o tom mas a direção de conduta por conhecer o negócio e as estratégias da empresa, seus valores, sua missão. Aí te dou outro conselho: caso sua empresa ainda não tem essas definições, corra e formule antes mesmo de implantar um Programa de Integridade.
Por último, mas não menos importante, no Programa de Compliance deve eu falei DEVE, ficar registrado as funções e atuações dos gestores. Caso esses tenham um contrato vigente, alterações devem ser feitas para que, caso problemas ou até mesmo suborno ou roubos, possam ser responsabilizados na esfera pertinente. E por fim, não é difícil que um Programa de Compliance seja implantado com sucesso e seus bons resultados tragam uma boa performance às empresas. É como a vida: definir, manter, cuidar, estar atento ao que foi estabelecido e partir para os bons lucros.
Boa Sorte e conte com a AR Gestão de Negócios para garantir esse sucesso.
*Cristiana Brito tem vários anos de experiência em consultoria de empresas de segmentos variados, atuando na reestruturação de negócios e de auditorias financeira, contábil e fiscal.
